A melhor parte de mim.

A melhor parte de mim.

segunda-feira, 8 de março de 2010

O que nos leva a decisões.

Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez, é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono. Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cór, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença do "Bom dia", quase que sussurrado. Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz.
A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai.
Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu..

domingo, 10 de janeiro de 2010

Cacorrafiofobia

Minhas falhas se juntam aos dias que passam. Se eu pudesse ao menos voltar no tempo, e fazer tudo da maneira correta, talvez eu pudesse me desculpar. E quem sabe você poderia parar de me culpar por erros tão óbvios. Por tanto medo de falhar, eu acabei perdendo tudo. O tempo já não corre mais ao meu favor, o vento me leva para a direção oposta, e os dias passam lentamente, como se cada minuto eu estivesse vivendo no inferno. Tudo está escrito nas paredes, eu tento apagar, mas ao invés, passo uma caneta preta por cima para que eu não enxergue. Uma luz ofuscante bate nos meus olhos me fazendo lembrar de tudo; escuridão, isso que me restou, após ser apagado. Como uma amnésia, tudo foi embora, eu voltei à aquela época em que se deu ínicio. Quem sabe eu não estaria recebendo uma segunda chance.